quinta-feira, 29 de julho de 2010
Aqui
Mulheres. Somos um jogo de luz e sombra:
Não resisito
a martínis, imagine o que não faz comigo um homem.
O iodo tocou meu útero há mais de 12 horas,
mas ainda arde.
Pênis. Pênis e ginecologistas com suas mãos emborrachadas,
eles os que tocam o útero.
Os bebês não contam. Nascem aqui. Esta é sua casa.
Me pede em casamento, mas não agora
domingo, 18 de julho de 2010
O tempo dos homens
Relógio biológico. Expressão utilizada para se referir à urgência feminina em procriar. Aproxima-se de tempo, vida e mulher, três substantivos comuns indissociavelmente ligados. Disso pode nascer um bebê, mas a existência de tão fofa criaturinha depende de um outro gênero: o masculino; aquele que, como se sabe, pode procriar praticamente em qualquer fase da vida. Talvez por isso, a expresso relógio biológico sempre pareceu pouco aplicável a ele.
Mas eis que o possível futuro pai do meu possível futuro filho me diz hoje que, se passar dos 40 sem filhos, continuará sem tê-los, só que definitivamente. Em princípio, fiquei confusa – achava que ele não tinha pressa –, mas depois vi que era melhor sair do particular para o universal, e daí para a conclusão de que homem também pode ter relógio biológico, só que sem ponteiros. Isso é o mesmo que dizer que eu não os compreendo, os homens, esses cuja urgência parece tão inverossímil quanto ameaçadora.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Amar é
Fazer regime juntos.
Encarar o Prezunic de mãos dadas.
Jogar gamão e ajudar o "adversário".
Sonhar que transa com quem se dorme todos os dias.
Escutar os problemas do trabalho.
Aconselhar.
Desvendar uma tela de Miró.
Dançar coladinho.
Lavar a louça.
Beijar.
Dividir as contas.
Rir das mesmas coisas.
Rir de coisas diferentes.
Dar um desconto para as crises de mau humor.
Criar e variar apelidos que só os dois conhecem.
Ganhar uma tartaruga de pelúcia.
Ler a Odisséia juntos em voz alta antes de dormir.
Sentir raiva de coisas comezinhas.
Perdoar.
Sentir tesão.
Não se conter de felicidade.
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