sexta-feira, 30 de abril de 2010

Moças que vão à frente

I - As modernas
Dama de honra. Aquela pimpolha, geralmente muito bonitinha, que entra na igreja antes da noiva. Pode vir ou não acompanhada de pajem. Filha de alguma amiga da noiva ou do noivo, geralmente é pequena demais para entender o que está fazendo dentro de um vestido pomposo, mas até que gosta dele.
A daminha se assusta com os rostos maquiados, decadentes e pios que olham para ela, como se ali passasse uma das meninas de Fátima. Às vezes empaca no meio do tapete vermelho, tremendo de medo, outras toma coragem e segue em frente.
Mas não precisa ser assim. Essa honraria também é concedida às mulheres do tamanho da noiva. Num álbum de casamento realizado nos anos 1970, lá estão umas moças bem jovens (sim, mais de uma!) carregando um pequeno buquê nas mãos e uma grinaldinha na cabeça. Parecem felizes, e nelas há frescor.

II - As antigas
Não se sabe exatamente a origem da dama de honra, embora, após uma breve consulta a um Oráculo chamado Google, duas revelações tenham surgido. Primeira: a dama de honra era a moça que, na Idade Média, vestia-se com roupas iguais às da noiva numa tentativa de enganar o senhor feudal, que por lei (!) tinha o direito de deflorar a mulher antes das núpcias. Segunda, e essa tem a ver com um costume pagão: vestida como a noiva, a dama de honra prestar-se-ia a confundir maus espíritos desocupados que não suportavam ver uma noiva feliz, e assim se evitava que má sorte, mau olhado ou qualquer outro tipo de ebó energético caísse sobre a mulher prestes a se casar.
Pois é, para quem acredita em oráculos, parece que a dama de honra era uma espécie de, digamos, anjo da guarda. Enfrentando perigos que iam de obsessivos perfuradores de hímens a espíritos malignos, tinha como missão se fazer passar pela noiva e assim protegê-la: estar à sua frente, abrindo alas. Avant-garde!.
Isso é que é melhor amiga.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Escolhas


Qualquer imaginário, em tempos modernos, é composto por uma mistura inacreditável de fragmentos. No meu caso, casadoira que sou, o tema casamento, pelo que me lembro, bateu-me à porta pela primeira vez lá pelos 5, 6 anos, com “A história de Dona Baratinha”. Ouvi-a numa vitrola Philips amarela, que tocava aqueles discos compactos e coloridos.
Dona Baratinha tinha fita no cabelo (beleza) e dinheiro na caixinha (um dote). Sabia que com esses predicados estava pronta para casar, e que não seria muito difícil arranjar um noivo. Bastaria debruçar-se à janela, como essas namoradeiras de barro ou madeira feitas no vale do Jequitinhonha.
Havia, porém, um problema. Ela era tão mignon, mas tão mignon, que não podia escolher um pretendente qualquer. Precisava de alguém do seu tamanho. Por isso dispensou um gato, um cachorro e um elefante. Miado, latido e urro, sons estridentes demais para sua fragilidade de barata. “Sou muito sensível, e medo tudo me traz. Diga, primeiro, cãozinho [ou a qualquer um dos rapazes], como é que você faz?”, ela perguntava a quem quisesse colocar uma aliança em uma de suas patas invertebradas.
Finalmente encontrou alguém a não temer. Dom Ratão, sua baixa estatura e seus ruídos inofensivos encorajaram-na a ir em frente. Vestido de noiva, véu, grinalda... Dona Baratinha quis tudo a que tinha direito. Só não contava que, antes da cerimônia, Dom Ratão, roedor guloso, não resistiria ao cheiro de toucinho que vinha da cozinha. Aquele aroma o fez esquecer de tudo, até da noiva. Afoito, foi ao encontro de seu novo objeto de desejo e debruçou-se sobre a grande panela de feijão a ser servida após a cerimônia – que não aconteceu: traído pelo estômago, inebriado, Dom Ratão perdeu o equilíbrio e caiu dentro do panelão. Morreu afogado, ou queimado, ou ambos, e Dona Baratinha, a princípio inconformada, voltou à solteirice e à janela.
Moral da história para uma menina de 5 anos: casamento é algo muito complexo. Conclusão mais que óbvia: cuidado com o homem que você escolhe, noiva.

terça-feira, 27 de abril de 2010

E se "Romeu e Julieta" fosse uma comédia?


Em primeiro lugar, certamente não teria sido filmada por Franco Zeffirelli (e a imagem do blog não seria essa; talvez o blog sequer existisse). Em segundo, deixaria o Ocidente à míngua, sem uma história de amor realmente impossível em que se apoiar durante séculos. Em terceiro - e aí é só palpite -, faria de Hamlet a tragédia mais famosa de Shakespeare.
Mas, se assim fosse, o que seria de nossas esperanças no amor verdeiro, puro? Enquanto o príncipe da Dinamarca, afogado em dúvidas, está mais interessado em vingar o pai assassinado do que decidir o que realmente quer com a Vida e com Ofélia (ele chega a incentivá-la a debandar-se para um convento, pode?!), Romeu não tem tempo a perder: escala sacadas, trava duelos, casa-se às escondidas com Julieta.
Tudo para morrer no final, é verdade, mas na certeza.

domingo, 25 de abril de 2010

Objeto de desejo


Para quem não sabe, eu sou livreira.
Para quem não sabe o que é livreira: tenho uma livraria, na qual
você me encontra dia sim, dia também.
Pois não é que saiu em português o livro que eu sempre quis vender?!
Trata-se de um apanhado de 300 vestidos (de noiva, claro!)
usados por mulheres famosas. Em ilustrações e fotos, lá estão modelos
desenhados por Dior, Chanel, Yves Saint Laurent...
Suspiro...
O da foto, que Carrie usa num dia que de glória só teve o vestido, é um Saint Laurent.
http://publifolha.folha.com.br/catalogo/livros/136457/

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Nada como um homem com senso de humor...


Hoje de manhã eu contei pra ele que criei esse blog. Quer dizer, hoje não. De madrugada, algumas cervejas na mente e... ops! Saiu. Não é que ele achou a maior graça?
Mais que isso: não é que passou metade dessa sexta-feira me ajudando a editar fotos para um painel com lindas cenas de amor que pretendo postar em breve???
Preciso repensar os meus conceitos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A culpa é de Miss Austen


Jane Austen nunca se casou e morreu com menos de 45 anos. É autora de uma obra vista como conservadora por uns e irônica por outros. Sou mais a segunda hipótese, mas de uma coisa - que, acho, não diz só respeito a mim - tenho certeza: Miss Austen é a culpada por esse meu desejo irrefreável de casar como manda o figurino.
Como seria diferente, se ela escreveu passagens em que homens distintos se ajoelham diante de suas amadas... e pedem sua mão?!
Ainda que mostre o tédio de muitos casamentos em suas obras, Jane Austen me estimula a querer casar... Não pelo cotidiano empobrecedor e burguês, mas pela promessa de felicidade contida no olhar apaixonado e suplicante de um homem que se ajoelha por mim.
Quer mais glamour que isso?

terça-feira, 20 de abril de 2010

Fora Beyoncé!!!


Estamos morando juntos desde outubro do ano passado, mas eu quero mesmo é me enfiar num vestido branco, esticar o dedinho para uma aliança bem linda e deixar para trás Beyoncé e sua "All The Single Ladies"...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Assumir é o mais importante

É isso aí.
Sem mais nem menos, hoje decidi criar um blog pra falar o quanto eu quero ser pedida em casamento!