sexta-feira, 28 de maio de 2010

Conclusão por analogia


Pensando em Orlando e em Catherine, comecei a perguntar quando (e se) me travisto de homem. Não é no carnaval, ainda que adore a festa e more no Rio. Sou homem quando escrevo. Não aqui (dá pra ser mais mulher do que sou aqui?), e sim nas histórias que começo e quase nunca termino. De cinco personagens que escolho para narrar, quatro são homens. Isso quer dizer alguma coisa, ainda mais quando me dou conta de que são todos meio cínicos, meio descrentes, uma mistura de Clark Gable em Gone With The Wind com Woody Allen em Annie Hall.
Se esse é o narrador que eu crio, será assim meu lado masculino? E, se o raciocínio prossegue, agora por um ponto de vista junguiano, será essa a minha sombra, o meu Animus? Em português claro: é dessa forma que vejo os homens?
Holy shit, I’m fucked!

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